domingo, 25 de novembro de 2012

Conexão demais... Relacionamento de menos


Minha esposa fez aniversário semana passada. Prestei atenção na forma que as pessoas optaram por dar as felicitações.

O resultado das estatísticas foram mais ou menos assim:

Pessoas que no dia deram os parabéns pessoalmente: Eu

Pessoas que ligaram: 9,99%

Pessoas que parabenizaram pelo face:90%

As pessoas cada vez mais optam por não ter contato pessoal, seja ela pelo precioso tempo que nos falta, pela distância, pela correria etc. O fato é que as pessoas estão perdendo o contato pessoal, talvez não seja coincidência, mas quando é necessário o contato pessoal em qualquer atendimento saiam estas atrocidades...

Hoje as pessoas parecem não conseguir viver se não estiverem conectadas, mas, virtualmente. Sim, a tecnologia, os avanços, a internet, são fundamentais e facilitam nossa vida. Mas, jamais podem se tornar mais importante que o ser humano, do que o toque, o abraço, o olhar, o beijo.

Quando estiver com alguém importante, desligue seu smartphone, desconecte-se da internet, desligue até a TV, pois quem está com você é mais valioso.

As reuniões empresariais, muitas delas, já são feitas à distância, e sim, esses avanços têm ajudado também a aproximar as pessoas, a melhorar os resultados. Porém, friso: não permita que isso tire a chance de você prestar atenção a quem está ali, do seu lado, de corpo e alma.

Nossos filhos, colaboradores, clientes, às vezes não nos respeitam, não desempenham bem suas funções, não compram nossos produtos e serviços, porque tudo o que ouvem são os sinais de conexão virtual, e não nosso real interesse em satisfazer suas necessidades.

Quando seu filho vir falar com você, abra seus olhos e ouvidos, ofereça seu colo, pegue o controle remoto e desligue a TV. Se seu parceiro ou parceira pede um carinho, não aponte o dedo para o programa que está passando na TV, ou para o site que navega no seu tablet moderníssimo. Escancare seus sentidos para ouvi-lo, abra sua mente e seu coração para estar realmente presente, mostrando quão importante essa pessoa é para você.

Na sua empresa, desconecte-se da internet quando for falar de metas, de entusiasmo, de energia positiva. Prefira olhar nos olhos das pessoas e não nas cores deslumbrantes do novo palm top que a empresa adquiriu.

Nunca permita que os avanços tecnológicos roubem o valor de um aperto de mão, de um toque na face, do compromisso de mostrar a quem está diante de você que ele é muito mais valioso do que qualquer outra conexão.

A tecnologia não tem lágrimas, sorrisos, não expressa sentimentos reais. Desconecte-se várias vezes durante o dia, para se conectar ao que há de mais importante: pessoas!

Mas, como sempre, o problema não está no avanço tecnológico em si, e sim nos mau uso dele. Açucar em excesso faz mal, nem por isso o abolimos do planeta. Sal em demasia faz mal, contudo, ele deve fazer parte do nosso dia a dia. A questão é saber adoçar, saber salgar, e não cortar o açucar e o saldo do mundo. O mesmo vale para a tecnologia! O que você acha?

domingo, 18 de novembro de 2012

Você está resolvendo o problema certo?

 
Deparando-se com um problema em sua vida, você se permite passar algum tempo analisando criteriosamente a essência da questão?
 
Na empresa, sempre que se deparar com um obstáculo você se reúne com seus pares, superiores e subordinados para entender o âmago da questão?
Pois saiba que boa parte dos problemas não alcançam uma solução eficaz por falta de atenção adequada. Muita gente pensa que a velocidade ganha da precisão, daí diante de um obstáculo parte rapidamente para a execução, quando na maioria das ocasiões o melhor seria primeiro entender a sua essência.
 
Agir apressadamente, desprovido de uma boa estratégia e sem analisar adequadamente os fatos em busca da melhor solução, é o mesmo que ter boas sementes sem ter área adequada para semeá-las.
 
Encontrar a melhor solução para o seu problema depende do rigor que você adotará para identificar as causas e atuar na solução. No entanto, o que se comprova em boa parte das ocasiões é que as organizações (e as pessoas também) passam mais tempo “apagando incêndio”, do que gerando recursos. Isso porque ela não é eficiente em articular,de forma clara e concisa, os mecanismos de gestão preventiva. Aliás, muitas organizações sequer conseguem identificar quais os problemas são cruciais para a realização de suas missões e estratégias.
 
O que quero dizer é que tanto as pessoas quanto as organizações perdem muito tempo, oportunidades, recursos financeiros e energia tentando resolver o problema errado. Daí, não raro, acabam adotando projetos que não estão alinhados com suas estratégias.
Quer alguns exemplos?
Quantas vezes você já viu as pessoas desistirem de algo que tenha sido euforicamente iniciado? Quantos projetos você já viu ser abandonado em sua empresa?
Quantas vezes você já testemunhou um programa ser iniciado sem que questões essenciais tenham sido corretamente apreciado?
Uma explicação plausível pode ser: como muitas pessoas não têm o hábito de discutirem profundamente as questões pessoais antes de agirem, acabam adotando a mesma postura quando assumem posições de comando nas organizações.
 
Então, se é assim, necessário se faz tanto na vida pessoal quanto na profissional, formular as perguntas certas para solucionar os problemas certos. Logo, uma boa decisão para agir mais como maestro do que bombeiro, será dedicar tempo adequado, estratégia adequada e técnica apurada para analisar a situação, ao invés de agir precipitadamente.
 
Aliás, neste contexto, Albert Einstein, costumava dizer: “Se me fosse dada uma hora para salvar o planeta, eu gastaria 59 minutos definindo o problema e um minuto para resolvê-lo”.
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pãozinho e frios



Final de dia, passei na padaria para comprar pãozinho e um pouco de frios para fazer  um lanche, e encerrar meu dia estressante.
 Chego na padaria e peço 6 pães, 100 gramas de mussarela e 100 gramas de presunto.
A informação mais complexa que passei foi para cortar os frios em fatias finas.

Pedido bem simples, fácil de entender, e imagino eu que seja um pedido bem comum, sem nenhuma margem para sair errado.

Virei as costas para olhar alguns doces e revistas, passou um tempinho e a menina que estava me atendendo avisou que estava pronto.
Ela me entregou a sacola plástica com tudo dentro. Peguei minha sacola com os itens e fui para o caixa, paguei e fui embora.

Chegando em casa tomei meu banho, me sentei com minha esposa para fazermos aquela saborosa última refeição do dia.
Quando começamos a abrir os itens... notamos que:

Ao invés de 6 pães, tinham 5 pães.
Tinha quase 160 gramas de presunto (60% a mais do que eu havia pedido)
E para finalizar não veio a mussarela.
Nisso eu já estava em casa, já era tarde e a padaria fechada. A solução foi tomar um café sem fazer o lanche que havíamos imaginado.
Mas nisso tudo o que mais me chama a atenção é o fato de ser um pedido muito simples, coisa muito cotidiana e vir tudo errado.
Eu sou um cliente da padaria, até mesmo porque ela é muito próxima de casa e não havia acontecido nenhuma experiência deste tipo comigo.
Mas imagine se isso tivesse acontecido com um cliente novo!
Qual seria a imagem que ele ficaria da padaria e principalmente, qual seria a experiência que ele iria contar as pessoas...
Final da história, fui dormir sonhando com meu lanche.