sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Naufrágio do Concórdia, uma lição de má liderança

Muitas empresas consideram-se grandes transatlânticos, quase imbatíveis. Com certeza, já deve ter ouvido expressões com essa conotação. Basta ler o Best Seller do autor Jim Collins, 'Porque as gigantes caem', para comprovar isso. (livro lançado no Brasil pela Editora Campus)

No entanto, de forma irresponsável, ou mesmo por conveniência, muitas dessas empresas, admitem como comandantes (líderes), pessoas desqualificadas para o cargo, ou de caráter duvidoso. Enquanto navegam em oceanos tranqüilos, as habilidades e qualificações do líder não são tão exigidas. Quando surgem tempestades, em forma de crises econômicas, como a que estamos presenciando, a fraqueza ou o poder do líder torna-se evidente. São nas dificuldades que surgem grandes líderes. É na crise que as empresas precisam de grandes comandantes. A escória só é separada do ouro sob fortes temperaturas. A história está cheia de exemplos que confirma essa teoria.

Na década de quarenta, sob a ameaça de o regime nazista subjugar todo o continente europeu, surge um personagem, até então desacredito. Ele acaba se revelando num dos maiores líderes políticos que a Europa jamais tivera. A liderança de W. Churchill foi responsável por evitar o maior naufrágio da história contemporânea. A vitória do regime nazista traria conseqüências inimagináveis.

Não existem empresas fracas e sim líderes fracos, James Hunt, autor de O monge e o executivo.

No entanto, por ausência de liderança, empresas outrora consideradas verdadeiros transatlânticos, fadadas à perenidade, não existem mais ou estão em vias de extinção. Como exemplo, podemos citar uma das maiores empresas de câmeras e filmes de película do mundo. A Kodak, através de atitudes impensadas de seus líderes, amarga hoje um dos maiores prejuízos da sua história, estando nesse momento à beira da falência, ou de ser vendida a um de seus concorrentes.

Quem imaginaria que a empresa que inventou o aparelho celular, um dia desapareceria. Para os conhecedores da história da Motorola, sabe que decisões fora de hora, falta de atitude ou mesmo negligência de sua liderança, fizeram com que essa gigante desaparecesse, sendo engolida pela Google.

Para finalizar, tanto a Nokia como a R.I.M, ambas empresas outrora invejáveis, enfrentam dificuldades inimagináveis. Essas empresas que já navegaram em oceano azul, hoje, por incapacidade de seus comandantes, que permitiram que suas empresas navegassem em águas rasas e perigosas, lançaram suas empresas em completo caos.
Se não fosse o descaso do comandante líder do transatlântico Costa Concórdia, Senhor Francesco Schettino, vidas humanas, bilhões de dólares, bem como a reputação da empresa Costa Cruzeiro, teriam sido poupados.
Não permita que a arrogância, prepotência e segurança em excesso, levem sua empresa ao naufrágio.

Texto de Fernando Fernandes
http://www.programacases.com.br/artigo/naufragio-do-concordia-uma-licao-de-ma-lideranca

Nenhum comentário:

Postar um comentário